A porta do coração
"Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no teu caminho" (Sl 119:37)
Em meio às questões da vida me pego sendo incessantemente assediado por uma coletânea de convites que cada vez mais se projetam ilusoriamente melhores que o convite da Cruz. Talvez a conversa e a vida das pessoas que resolveram lutar “narcizicamente” por seus sonhos me pareçam, por um momento, interessante então o canto da sereia ecoa nos tímpanos existências e paro para pensar no que precisamos realmente. Muitos estão atrás de respostas prontas, aliais o mundo “fast food” me viciou nisso, nada mais natural que correr atrás de resultados a qualquer custo. Fico pensando como surgem sentimentos de inquietação dentro do meu coração por necessidades que foram implantadas por mecanismos externos e cruéis. Talvez eu precise pensar um pouco na porta de entrada disso tudo e penso sobre os olhos. Alguém escreveu: “Os olhos são a porta de entrada do coração. Aquilo que os atraem terá lugar em nosso coração. Esse é o motivo da oração do salmista para que os olhos não fossem colocados em coisas vãs”.
Quando os olhos são colocados em alguma coisa, sentimentos são despertados dentro de nós. Apreciação, repulsa, desejo, contemplação, indiferença. Para não ver as coisas vãs eles não serão fechados, mas afastados. Elas não irão despertar sentimentos de apreciação e desejos. Por isso Jó fez um acordo com os seus olhos para que eles não fossem colocados numa virgem; Jesus disse que se os olhos forem bons todo corpo será bom, mas se os olhos forem maus todo o corpo será mau.
O apelo visual é muito forte no mundo em que vivemos. Essa é a linguagem da propaganda, da sedução e da motivação. Como se proteger? Colocando os olhos no caminho do Senhor. Sem desviar para a direita ou esquerda, mas seguindo firme em direção ao alvo. Freqüentemente somos envolvidos pelo apelo visual e tentados a desviar os olhos do caminho. Comparo ao canto da sereia. Para não ceder é preciso estar amarrado ao mastro. Se desviar, redirecionar, retomar e seguir em frente com graça.
"Desvia os meus olhos, para que não vejam a vaidade, e vivifica-me no
teu caminho" (Sl 119:37)

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